segunda-feira, 21 de julho de 2008

VETO, HONRA E "PONTAPÉS"

O primeiro VETO a gente não esquece

Mal acabara de regozijar-me por não ter rejeitado nenhum comentário, finda a primeira semana de existência do blog e, vejam vocês, deparei-me com o primeiro, enviado ironicamente alguns minutos depois de minha última postagem da semana.
E não é por ter sido crítico ou ácido ou mesmo deselegante que eu não o publicarei, pois até mesmo quem o foi desfrutou deste espaço.
Houve até quem dissesse que eu, a exemplo do outro Charles – o da Lady Diana -, levei um “ponta-pé na bunda” [sic]. Mas como se tratava de deselegância que atingia apenas a mim, publiquei-a.
Desta feita, mais do que mera falta de urbanidade, o comentarista insultou covardemente a mim e a Walter Amoras, médico e atual secretário-adjunto da SESPA.


Homem de HONRA

Walter Amoras, antes de ser meu sogro - o que muito me orgulha – é um homem honrado, profissional competente e militante longevo e obstinado da causa pública (em especial da saúde pública), às vésperas de completar 70 anos (no próximo mês de setembro).
Em sua trajetória profissional Walter Amoras não se corrompeu; não patrocinou interesses privados com o dinheiro público e não se deixou seduzir pela riqueza material que lhe poderia proporcionar a saúde privada, embora não lhe tenham faltado oportunidades para tal.
Walter Amoras é daqueles homens que parecem não envelhecer, tamanha é a sua disposição para lutar por seus sonhos, que permanecem viçosos, a despeito das intempéries.
Orgulha-me saber que ele jamais deixará este governo – quando isto acontecer - por ter sido omisso, incompetente, desonesto ou desleal.


"PONTAPÉS"

Sirvo-me daquele comentário sarcástico que associou a minha saída do governo a um “pontapé na bunda”, para dizer-lhes que todos estamos sujeitos a levar “pontapés” – na “bunda” ou em outras partes do corpo -, mas há aqueles que os levam sem perder a sua dignidade; e há aqueles que até mesmo preferem levar “pontapés” exatamente para preservar a sua dignidade.
É verdade que não pedi para sair do governo, o que significa dizer que fui – sem sofisma - dispensado. E se fui dispensado posso supor que as minhas idéias não mais se ajustavam com as da governadora, que tem o direito e a prerrogativa de fazer mudanças na equipe que a auxilia na gloriosa missão de governar o Pará.
É verdade também que eu não concordei que fosse inscrito no decreto de minha exoneração o célebre termo ”a pedido”, por que isto mais me envergonharia do que valorizaria o meu histórico funcional, uma vez que não pedi para sair, tampouco para ficar.
É verdade, por fim, que a minha dispensa – ou “pontapé”, como supõe aquele comentário – não se deu por que fui inoperante ou incompetente; por que prevariquei; por que me locupletei no exercício da função pública; por que trafiquei influência; por que fui pérfido ou dissimulado; por que abandonei as minhas convicções políticas.
Orgulho-me de tudo o que fiz e que não fiz, desde a campanha eleitoral que conduziu a primeira mulher ao cargo de governadora do Pará, até o último dia de minha curta passagem pela Casa Civil.
Julgo-me, depois desse período, um homem melhor, bem mais experiente, maduro e sensível. E agradeço à governadora Ana Júlia por ter-me proporcionado essa experiência.

8 comentários:

Anônimo disse...

Olha cara eu não sabia que tu eras genro do Camarada Walter Amoras,espero que tu tenhas bastante capacidade de aprender sobre política de Saúde com esta figura,que me desculpem as outras,que juntamente com a saudosa Professora Doutora ELISA SÁ VIANA os maiores e melhores baluartes da SAÚDE PÚBLICA neste estado, quiçá da Região Norte,mande um agrande abraço ao Amoras por favor.Olha rapaz vê mesmo se aprende ,tá.

Anônimo disse...

Faltou voce dizer que recusou um prêmio de consolação que queriam lhe dar. O que certamente para qualquer um desse arrivistas que saltam à cena politica hoje seria muito mais confortável, do que está tendo que ser apontado por ter levado um "Pé-na-bunda". Honra e vergonha na cara ainda não são artigos à venda em qualquer esquina!

Anônimo disse...

Não o conheço pessoalmente, mais fico orgulhosa de ainda ter gente bacana no partido como vc, Vera Tavares e o Humberto Cunha.

Anônimo disse...

Companheiro venho acompanhando as ações do governo no sul e suldeste do nosso estado. E infelizmente tenho certeza que não havera um segundo mandato. Fico muito triste com isso.

Não é facil Charles ver certas situações criadas por companheiros nossos de partido.

Charles não tem problema se vc não publicar a minha postagem. Estou apenas querendo desabafar.

As vezes fico a imaginar,sera que os companheiros que estão no comando do governo tem conhecimentos dessas cituações.

Como Charles a companheira Ana teve coragem de tirar vc? Mais mantem a Edilza. Meu companheiro eu perdi a credibilidade na maioria dos integrantes desse governo, a começar pela nossa companheira e governadora Ana Júlia.

Sei que existem ainda companheiros nossos idealistas, mais já são poucos.

Mesmo longe companheiro Charles continuo admirando vc. Não mude,não esqueça as velhas amizades.

Amizades verdadeiras,não as do poder,da conveniência.

Um forte abraço.

Anônimo disse...

Aonde pegou o "pé", não interessa mas sim como ficou sua cabeça depois do episódio: EM PÉ!
Saúde, companheiro.
Marcos Damasceno

Anônimo disse...

Dr. Walter Amoras é um militante dos bons atos, da boa política, das causas mais nobres em sua missão, hoje, na saúde do nosso estado. A indicação do seu nome foi feita pela sua biografia na defesa e nas ações de saúde pública no Pará.
Recomendo que quem vier a postar neste espaço sobre o Dr. Amoras que - leia o livro e não só a capa sobre este homem. Ser sogro do Charles... legal... talvez seja... obra do acaso... uma feliz coincidência. Quem sabe o Charles não tenha feito justiça à esta reserva moral do serviço público paraense.

Anônimo disse...

Charles, quando uma pessoa faz comentários desse nível a sua pessoa, primeiro é porque não lhe deram educação, se estudou só passou colando e não aprendeu nada, segundo não deve conhecer sua história de vida e se conhece deve ter muita inveja, pois não construiu nada e se construiu não deve ter sido de forma correta e honesta.
As pessoas quando te conhecem, respeitam-te e te admiram pela tua ombriedade, coerência, sensatez, capacidade de diálogo, inteligência e uma liderança como poucos são capazes de construir. Até mesmo os adversários dos teus pensamentos reconhecem o teu talento.
Já ocupastes cargos importantes na Iniciativa Privada (TEXACO), Sefa, Sefin (Prefeitura de Belém), Sindicatos, Governo do Estado e, nunca lhe faltaram elogios e reconhecimento pela sua competência e seriedade. Por isso fico indignado quando vejo pessoas que nunca fizerem nada e que se acovardam ao não assumirem sua identidade (se é que tem uma) ao tc criticas ou expressões pejorativas. Minha opinião é que vc não deve perder seu precioso tempo dando espaço e respondendo a essas pessoas, aceite os comentários e criticas quando elas vierem acompanhadas de seriedade e respeito.

Anônimo disse...

Querido amigo Marcos Damasceno,
Alegra-me saber que estás atento às coisas da nossa terrinha.
Um forte abraço.